sábado, 20 de agosto de 2011

REFLEXÃO DA PALAVRA - ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA: MARIA A NOVA E DEFINITIVA ARCA DA ALIANÇA, SINAL DE REDENÇÃO DOS HOMENS

REFLEXÃO DA PALAVRA
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – ANO A – 21/08/2011




PRIMEIRA LEITURA: Apocalipse 11,19;12,1.3-6.10
SALMO RESPONSORIAL: Sl 44/45
SEGUNDA LEITURA: 1 Coríntios 15,20-27
EVANGELHO: Lucas 1,39-56

MARIA, A NOVA E DEFINITIVA ARCA DA ALIANÇA, SINAL DA REDENÇÃO DOS HOMENS

Assunção de Nossa Senhora é um dogma de fé definido em 1950, pelo Papa Pio XII. Dogma são verdades de fé provenientes de uma revelação divina, reconhecidos por parte da autoridade da Igreja, o papa e o conselho dos bispos reunidos, e então proclamados, seja pelo próprio papa na condição de líder e seu primado na Igreja ou por um Concílio convocado para este determinado fim.
Uma vez proclamado oficialmente pela Igreja, o dogma obriga o fiel a uma adesão irrevogável (CIC-88); a não adesão é posição de ex-comunhão do membro da Igreja com a sua doutrina, ficando este, impedido de receber os sacramentos da Igreja – Batismo, Eucaristia, Confirmação ou Crisma, Penitência ou Confissão, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio – sem, no entanto, prejudicar a acolhida e a participação da pessoa nas atividades litúrgicas.
Com relação ao Dogma da Assunção, este se refere a “elevação de Nossa Senhora, mãe de Deus, na sua integridade – corpo e alma – à realidade celeste. Elevação quer dizer arrebatamento; não há em Maria o evento morte, não seria justo da parte do Altíssimo deixar perecer a carne daquela que na sua Imaculada Conceição, em meio a árdua luta contra o pecado, manteve-se intacta a fim de com seu “fiat”, carregar o próprio Deus, humanizado, em seu ventre. Por isso Maria é glorificada em vida; nada mais justo para quem se disponibilizou a realizar a vontade de Deus e com isso, abriu caminho a toda humanidade de reconciliar-se com o Criador.
A leitura de João no Livro do Apocalípse, ilustra muito bem a luta que é se manter fiel ao projeto de Deus no mundo que, à primeira impressão, parece pertencer ao maligno; É neste mundo às vezes envolto nas trevas, que toda a força divina se manifesta; é no fraco que esta força se revela mais poderosa: “O dragão parou diante da mulher que estava para dar a luz” (Ap 12,4); vejam Maria, com Jesus em seu ventre, são os únicos que conseguem parar as obras do mal; diante de mãe e filho, o mal não encontra forças para se desenvolver; precisa esperar que o menino nasça para assim investir sua fúria.
Já São Paulo, na sua carta aos Coríntios, faz uma analogia fundamental para a compreensão da salvação dos homens, ou melhor, da história da salvação; se em Adão a humanidade se distancia de Deus, em Jesus esta humanidade se reconcilia com Deus; se pela desobediência de Eva, vem a cisão, pela obediência de Maria se dá a reconciliação; a morte está definitivamente relegada à derrota.
Isabel, que testemunha na própria carne o poder e a graça de Deus, e a criança que esta sendo gerada em seu ventre, percebem a presença de Deus em Maria, por isso, a frase que hoje compõe a oração da Ave Maria, lhe salta pela boca: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre” (Lc 1,42) – Jesus!
Pertinente é também a reveladora pergunta que Isabel faz não se sabe, se para sua sobrinha-neta Maria, se para si mesmo, ou para Deus, seu Senhor: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” (v. 43) De fato, não poderia o Senhor deixar sua mãe perecer a nossa sorte humana; Maria está a interceder por nós na glória eterna.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!

BIBLIOGRAFIA:

·     Liturgia Diária nº 236 – agosto de 2011. Editora Paulus.
·     JORGE, José Antonio. Dicionário informativo bíblico, teológico e litúrgico, com aplicações práticas. Campinas: Editora Átomo, 1999, ps. 46.148.

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